As encenações de O Auto da Compadecida e O Bem Amado, são fruto de leituras, discussões e releituras feitas pelos alunos para adaptação de peças teatrais. Tal produção inclui roteiro, cenários, figurinos, sonoplastia, e toda a estrutura necessária para as apresentações que ficam a cargo dos acadêmicos do Curso, evidenciando a relevância da leitura para a visão holística dos cidadãos e como os clássicos da literatura contribuem para o seu enriquecimento linguístico.
Um caloroso e enriquecedor debate sobre a vida e obra de Ariano Suassuna e Dias Gomes, mediado pelos professores: Sebastião Moreira Duarte, Membro da Academia Maranhense de Letras e docente da UNDB, e pelo Prof. José Neres, crítico literário e escritor maranhense, deu início aos trabalhos apresentados no Teatro Maria Izabel Rodrigues. O evento contou ainda com uma entusiasmada plateia composta por acadêmicos, professores, pais e convidados.
O Auto da Compadecida:
É um drama do Nordeste do Brail. Insere elementos da tradição da literatura de cordel, de gênero comédia apresenta traços do barroco católico brasileira, mistura cultura popular e tradição religiosa.
Apresenta na escrita traços de linguagem oral por demonstrar na fala do personagem sua classe social, apresenta também regionalismos pelo fato de a história se passar no nordeste e o autor ter nascido lá.
Tem como personagens: O Palhaço, João Grilo, Chicó, O padeiro, A mulher do padeiro, Padre João, Bispo, Antônio Moraes, Severino, Cangaceiro, A Compadecida, Emanuel, Encourado e Satanás.
O Bem Amado:
O prefeito Odorico Paraguaçu, tem como meta prioritária em sua administração na cidade fictícia de Sucupira, litoral baiano, a inauguração do cemitério local. De um lado, é bajulado pelo secretário gago, Dirceu Borboleta, profundo conhecedor dos lepidópteros; e conta com o apoio incondicional das irmãs Cajazeiras, suas correligionárias e defensoras fervorosas: Doroteia, Dulcineia e Judiceia. De outro, tem que lutar com a forte oposição liderada pela delegada de polícia Donana Medrado. Maquiavelicamente, o prefeito arma tramas para que morra alguém, sendo sempre mal-sucedido.
Para obter êxito, Odorico traz de volta a Sucupira um filho da terra: Zeca Diabo, um pistoleiro redimido, que recebe a missão de matar alguém para a inauguração do cemitério. Ao final, uma irônica surpresa: Zeca Diabo, revoltado, mata Odorico, que, finalmente, inaugura o cemitério!