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Jogos, Casos e Simulações

23.03.15

Na disciplina do Curso de Administração, “Jogos, Casos e Simulações”, os mecanismos educacionais de análise, comparação entre decisões e, principalmente, a possibilidade de praticar ensinamentos e conteúdos vistos em sala de aula são levados aos alunos.
Durante a execução dos jogos, as regras e instruções contribuem para que o aluno projete um cenário corporativo, onde é perceptível a análise das consequências que cada decisão poderia ocasionar caso fossem tomadas no mundo corporativo real.
Na última aula da disciplina, os alunos do oitavo período do curso simularam, por meio de um jogo, o trabalho padronizado para resolução de problemas de produção, a partir de uma rotina preconizada pelo modelo Lean Manufacturing, mais conhecido como Modelo Toyota de Produção, que tem por concepção a redução de estoques, prazos e custos.
A dinâmica foi aplicada à linha de produção de 4 torres utilizando o jogo JENGA. A partir de regras preestabelecidas pela professora da disciplina, Ma. Adriana Araújo, a turma foi dividida em quatro linhas de produção. Cada linha precisava produzir torres de 25 andares simultaneamente no prazo de 20 minutos. Uma das regras do jogo solicitava a criação da cadeia de ajuda, quando cada equipe deveria montar estratégias de auxílio para que todas as torres fossem simultaneamente finalizadas dentro do prazo e nas especificações solicitadas pela professora, no papel de diretora da empresa fictícia.
Os alunos Edmilson Morais, Joselia Menezes, Brenda Albino e Joana Silva relataram que durante a aplicação do jogo utilizaram ensinamentos que obtiveram nos períodos anteriores sobre administração da produção, rede de cooperatividade, gerenciamento do tempo, gestão dos recursos humanos, negociação, tomada de decisão e, principalmente, a possibilidade de analisar a estrutura sistêmica em que o jogo foi aplicado.
Também disseram que foi possível vivenciar e comprovar, por meio da participação nas linhas de produção, que o planejamento e gestão estratégica dos recursos (materiais e humanos) são importantes para cumprir as metas e alcançar os resultados operacionais da área de produção. 

 

Sobre o modelo Lean Manufacturing A origem da filosofia Lean está no modelo de produção adotado pela Toyota no pós-guerra. Num cenário de escassez de matérias-primas e de recurso, a montadora japonesa precisou se tornar extremamente eficiente para competir com as rivais americanas. O modelo deu origem ao conceito de melhoria contínua: aprimorar constantemente os processos para oferecer o que o cliente quer, na hora em que precisa, com custo menor e qualidade superior. Para isso, o sistema enfatiza a integração entre as equipes, de modo a favorecer o fluxo de informações, identificar e corrigir rapidamente os erros.
Essa interação é estruturada por meio da criação da cadeia de ajuda, uma rotina de interação e envolvimento de pessoas, da liderança e do time de suporte para a solução de problemas, eliminando as instabilidades do processo.
A filosofia Lean exige das pessoas a tolerância “zero” aos problemas que geram desperdícios, num ambiente onde o principal não é “quem é o responsável” e sim “qual é o problema”.
Para a professora Adriana Araújo, o profissional que faz uso desse modelo mental pensa no uso mais eficiente dos recursos para conseguir melhores resultados e, assim, alinha-se à realidade das empresas que cada vez mais trabalham com orçamentos menores e metas mais altas.