UNDB

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Do Munin para o mundo

29.05.09

O artesanato confunde-se com a história do homem. A necessidade de se produzir bens de utilidade e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa do homem como forma de trabalho. Há registros de que no período neolítico, há 6 mil anos a.C., tenham surgido os primeiros artesãos, quando transformaram elementos da natureza em objetos de uso, por meio do polimento de pedras, da fabricação da cerâmica e do trançado de fibras animais e vegetais. O mesmo pode ser percebido no Brasil no mesmo período. Pesquisas permitiram identificar uma indústria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição nordestina que viveram no sudeste do Piauí em 6.000 a.C. Esta cultura se disseminou ao longo dos séculos, chegando aos dias de hoje.
No Maranhão o artesanato é rico e diversificado, com utilização de fibras de buriti, tucum, carnaúba, dentre outros. A mistura de culturas e influências indígenas, africanas e européias foram fatores que determinaram o formato do artesanato produzido por aqui. Na Região do Munin, os municípios de Morros e Axixá, conhecidos pelas maravilhas que o Rio Una oferece, receberam uma motivação a mais para dar continuidade à produção do artesanato: a aplicação da ciência. A UNDB juntamente com a Empresa Júnior mantêm o Programa UNDB nas Comunidades, desenvolve desde 2002 o Projeto Morros que dá apoio e orientação aos artesãos dos municípios de Morros e Axixá.
\"Foi difícil fazê-los entender que aqueles bens, que já eram produzidos há séculos, tinham valor comercial. Para eles, os artesanatos eram artigos de uso pessoal e não tinham valor comercial. Agora, se o consumidor está no shopping, basta atravessar a rua para comprar produtos de qualidade e contribuir com o desenvolvimento do Estado\", lembra o Prof° Msc. Miguel Mubárack Heluy, coordenador do curso deAdministração da UNDB.
O projeto faz parte da metodologia utilizada por esta IES, que recebe semestralmente em suas dependências os produtos confeccionados pelos artesãos durante dois dias, com envolvimento dos alunos e professores. Neste semestre a Feira está sendo realizada na quinta (28) e sexta (29), das 16 às 22 horas. Durante ano inteiro, o projeto funciona em Morros, com uma loja comunitária.
O evento tem caráter filantrópico e objetiva a divulgação e comercialização dos artesanatos produzidos por esses profissionais que possuem grandes habilidades, contudo vivem em uma das áreas de menor Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Estado. Para o coordenador do projeto, \"A geração de renda e a melhoria da qualidade de vida destas famílias prova o quanto a academia deve andar junto com a comunidade. Projetos de extensão como este, aperfeiçoam processos, aumentam a auto-estima e destacam estes profissionais na comunidade\", avalia.

Reconhecimento

O Projeto Morros conquistou notoriedade pública no final do ano passado quando ganhou o Prêmio Fapema 2008 na Categoria Desenvolvimento Humano. Com o prêmio em dinheiro os coordenadores adquiriram uma motocicleta a fim de agilizar o transporte dos artesãos e o fluxo de mercadorias para melhorar as vendas.
A Feira, que já está em sua 12ª edição, estará aberta à visitação gratuita de toda a comunidade, atingindo cerca de 6.000 pessoas, dentre alunos da instituição, alunos de outras faculdades, alunos do Colégio Dom Bosco e seus familiares, professores dos Cursos de Administração, CiênciasContábeis, Direito, Engenharia Civil, Engenharia de Produção e Pedagogia.
\"Almejamos, com essa iniciativa, inserir essa comunidade de artesãos no mercado de trabalho e proporcionar-lhes, juntamente com suas famílias, uma vida digna e o exercício pleno da cidadania\".