Com conferências dos professores doutores Denise Pires Fincato e Adalberto de Souza Pasqualotto, ambos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), além de apresentação de pôsteres, foi aberto o VIII Encontro Científico da UNDB, com o tema “Tecnologia: dados, materiais e processos”. As explanações dos docentes ocorreram na noite da última quinta-feira, 5, no Teatro Maria Izabel Rodrigues, que também será local de palestras e mesas-redondas desta sexta-feira. Comunicações orais ocorrerão em salas de aula sinalizadas, enquanto que os pôsteres continuam em exposição na área de vivência da instituição.
Na solenidade de abertura, a professora doutora Ceres Murad destacou a evolução que a UNDB tem promovido, inclusive no Encontro Científico, que pela primeira vez desenvolve cases que resultaram em projetos interdisciplinares. “A UNDB sempre realiza vários respeitosos eventos, mas o Encontro Científico é especial. Mantemos, desde nosso primeiro ano, atividades de pesquisa e grupos de pesquisa na instituição, pois o que pretendemos é estimular um olhar investigativo, novo, produtivo em nossos alunos. Juntar saberes e novos olhares em um encontro como este é uma forma de se aproximar de soluções concretas para a nossa sociedade”, frisou.
A professora Denise Fincato, na conferência de tema “Teletrabalho no Brasil”, fez uma abordagem multidisciplinar na qual explicou que o teletrabalho produz uma série de impactos jurídicos, administrativos, tecnológicos, orçamentários, entre outros. Afirmou que o teletrabalho tem efeitos positivos – a possibilidade de o trabalhador personalizar sua jornada, ficar mais próximo de familiares, ter gestão do tempo – e negativos, como o aumento do índice de enfermidades psiquiátricas decorrentes do isolamento proporcionado.
Ela também destacou que as grandes empresas oferecem maior estrutura para o teletrabalho por levarem benefícios e acompanhamento ao colaborador. Na sua visão, a modalidade no Brasil oferece uma alternativa para reduzir custos em meio a crises econômicas por pulverizar postos de trabalho, uma tendência global. “Em nível mundial, o sociólogo do trabalho, Domenico De Masi, diz em suas pesquisas recentes que hoje, nos países europeus, apenas 30 por cento das pessoas trabalham em sedes de empresas. Os outros 70 por cento trabalham de maneira remota, em casa, na sede do cliente, na rua”, completou.
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Adalberto Pasqualotto, na conferência “O desafio da publicidade infantil: entre a liberdade de expressão comercial e a proteção à infância”, destacou os direitos sociais contemplados na Constituição de 1988, que na interpretação judicial, barram publicidade de produtos afetam a saúde pública. Entre as várias ponderações, trouxe como exemplo do veto feito ao tabaco, em que empresas, ressentidas com a determinação, afirmaram ter seus direitos feridos. “Ainda hoje há no STF uma ação em curso movida por empresas do ramo da venda de tabaco que naquela época alegaram ter ferido seus direitos de liberdade de expressão”, comentou.
Segundo dia de evento
A programação desta sexta-feira, que começa às 14h, terá comunicações orais, apresentações de pôsteres, palestras e mesas de discussão, apresentação de projetos interdisciplinares e a premiação das melhores apresentações de pôsteres.
Confira a programação:
- 14h às 17h: Comunicações Orais
- 14h às 22h: Apresentação de Pôsteres
- 17h30 às 19h: Palestras e Mesas de Discussão
- 19h30 às 20h30: Apresentação dos Projetos Interdisciplinares da UNDB
- 20h40 às 22h: Encerramento e Premiação dos Pôsteres